
O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban) voltam à mesa de negociação nesta terça-feira, 27, às
14h, para tentar chegar a um acordo que coloque fim à greve dos
bancários, que completou 21 dias nesta segunda-feira, 26. A informação é
do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.”Na
sexta-feira (23), enviamos carta à Fenaban reiterando nossa disposição
para negociar com os bancos. Esperamos que eles voltem à mesa de
negociação com uma proposta condizente com seus lucros. Já são 17 dias
sem nova proposta e os trabalhadores e a população não podem ser
prejudicados pela ganância dos banqueiros”, disse em nota a presidente
do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia
Moreira.Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região mostra que 913 locais de trabalho, sendo 10 centros
administrativos e 903 agências, fecharam nesta segunda-feira. Estima-se
que mais de 32 mil trabalhadores participaram das paralisações.A
data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com
as reivindicações no dia 9 de agosto e, após cinco rodadas de
negociação com a Fenaban, não houve acordo para o índice de reajuste e
demais reivindicações.No dia 30/8 os bancos apresentaram proposta com
reajuste de 6,5% com R$ 3.000 de abono para os trabalhadores. A
categoria rejeitou a proposta e a greve teve início no dia 6 de
setembro. A segunda proposta aconteceu no último dia 9, com reajuste de
7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$ 3.300, rejeitada na mesa
de negociação. Nas outras duas reuniões, em 13 e 15 de setembro, não
houve mudança na proposta. O sindicato dos bancários pede 14,78% de
reajuste (alta real de 5%, considerando a inflação).Segundo apurou o
Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na última
sexta-feira, do lado dos bancos, não há a expectativa de um impacto do
acordo salarial com a classe que justifique a elevação dos guidances de
despesas para o ano, segundo fontes. Ainda que o aumento fique acima do
orçado pelas instituições, em torno dos 7%, explica um executivo, será
compensado com corte de custos e também de funcionários. “Os bancos
estão cada vez mais eficientes. Se aperta de um lado, sai do outro. Os
bancos terão de desligar mais gente”, afirma um executivo.
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